As vias biliares são o conjunto de ductos que conectam o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas ao duodeno. Sua função é transportar a bile até a vesícula, onde a secreção se armazena e, posteriormente, segue até ao intestino delgado, onde exerce a sua ação digestiva. As vias biliares envolvem uma série de ductos intra-hepáticos, contidos no interior do fígado, e outra série de ductos extra-hepáticos, que se encontram fora do fígado.

Quando essas vias são acometidas por algum tumor, nódulo ou cálculo, provocando bloqueios, a cirurgia é o procedimento mais indicado e eficiente para o tratamento:

Cálculos biliares: também conhecidos como “pedras na vesícula”, são formados pelas substâncias que compõem a bile, tais como os sais, as bilirrubinas e o colesterol. Quando eles se formam, causam o entupimento da vesícula ou das vias biliares. Atualmente, a cirurgia laparoscópica tornou o procedimento mais simples e de rápida recuperação.

Tratamento de estenoses biliares: na estenose biliar, a bile se acumula no fígado e com a evolução desse acúmulo, pode ocorrer uma cirrose hepática ou até o câncer do fígado. A cirurgia para tratamento da estenose consiste em fazer a drenagem biliar através de uma punção do fígado e em introduzir drenos que remodelam as vias biliares.

Colangiocarcinoma: também conhecido como câncer de vias biliares, é uma forma pouco frequente de tumor maligno, com maior incidência em pessoas acima de 50 anos, fumantes e com doenças nos ductos biliares.

• Ressecção apenas do ducto biliar: a cirurgia é feita em casos de tumores pequenos e localizados no ducto biliar fora do fígado e longe do duodeno.

• Hepatectomia (retirada de uma parte do fígado): cirurgia realizada nos casos de tumores localizados nos ductos biliares intra-hepáticos ou ainda em tumores extra-hepáticos muito próximos ao fígado.

• Duodenopancreatectomia (retirada do duodeno e parte do pâncreas): cirurgia feita nos casos de tumores dos ductos biliares extra-hepáticos, porém muito próximos ao duodeno.