O transplante de fígado é o segundo tipo mais comum de transplante de órgãos. E um dos únicos procedimentos no caso dos indivíduos com insuficiência hepática aguda ou crônica grave. Nessas condições, há algumas estratégias para realização do procedimento: o doador com morte encefálica, o procedimento split​ e o transplante hepático intervivos.
No primeiro caso, um fígado saudável é retirado de um doador compatível, depois da obtenção de autorização da família em utilizar o órgão, que é transplantado ao paciente com insuficiência hepática.

Já o procedimento split é quando um órgão de doador com morte encefálica é dividido entre dois receptores, normalmente entre um adulto e uma criança. Esta técnica é muito utilizada devido à disparidade entre pacientes que necessitam de um fígado saudável e a escassez de órgãos doados.

Por último há o transplante intervivos, que ocorre quando o fígado doente é substituído por uma parte do fígado de um doador vivo, em geral parente do paciente. Nesse procedimento, o doador se submete a uma hepatectomia com retirada de até setenta porcento do fígado, que será transplantado ao paciente. Por tratar-se de um órgão com grande potencial regenerativo, o fígado nativo volta a crescer chegando a atingir até noventa porcento de seu volume original, sem deixar sequelas a pessoa que fez a doação.

Esta técnica surgiu com foco específico em transplantes para crianças por meio de doação de seus pais, que têm maior nível de compatibilidade, mas com seu aprimoramento e os resultados positivos ao longo dos anos, também vêm sendo utilizada com sucesso no transplante de adultos.