O transplante de intestino é a única possibilidade de cura para os pacientes com falência intestinal, podendo ser isolado ou em combinação com outros órgãos. Neste caso, chamado transplante multivisceral.

A falência intestinal ocorre devido às deficiências absortivas dos macro e micronutrientes, cujas necessidades diárias não podem ser atingidas por meio da alimentação oral ou nutrição enteral.

Entre as principais causas, são decorrentes principalmente de patologias como enterocolite necrotizante, gastrosquise, atresia intestinal, volvo, pseudo-obstrução, agenesia, aganglionose, na população pediátrica. Em casos de isquemia, doenças inflamatórias intestinais, volvo, pseudo-obstrução, traumas, tromboses e tumores na população adulta.

A indicação do transplante, quanto à escolha dos órgãos a serem utilizados no enxerto, varia de acordo com a doença de base, ou seja, pela presença ou não de doença hepática crônica, número de cirurgias prévias abdominais, assim como a função e a qualidade dos outros órgãos. O elemento comum em todas as variantes é o intestino delgado, podendo este ser transplantado em associação com outros órgãos: fígado, estômago, cólon, pâncreas e baço.

Atualmente, o procedimento do transplante de intestino tem permitido uma melhora na sobrevida e na qualidade de vida desses pacientes.